quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Pin Up - Mais do que símbolos sexuais, elas ajudaram as mulheres a libertarem sua sexualidade



A imaginação masculina fez com que Alphonso Mucha e Jules Cheret no fim do século 19 criassem as primeiras imagens de mulheres em poses sensuais para pôsteres, fazendo escola no início do século 20, transferindo essas mulheres para os calendários de parede. O termo Pin-up surge daí, do pendurar nas paredes as ilustrações das divas do teatro de revista e dos maços de cigarros.
A idealização da perfeição feminina na década de 40 elevou as Pin-ups a serem mais subversivas, ousadas a ponto de utilizarem cintas-liga e grandes seios. As mulheres naturalmente acabaram incorporando essa estética como forma de sedução, como vemos no vídeo.
A partir dos anos 80, as modelos incorporam de forma mais sólida a estética Pin-up, ajudando a construir a imagem desse estereótipo feminino. Performances mais sensuais e fetichistas se unem ao charme dos filmes de 30 e 40. Dita Von Teese, em sua recente passagem pelo Brasil, é a representante mais forte atualmente. Sensual e provocativa, ela inspira-se Betty Grable, Marilyn Monroe e Rita Hayworth, e a eternizada Betty Boop.
Confira agora dicas básicas para se tornar uma Pin-up:
Lingerie: Aposte nos espartilhos, nas cinta-ligas com meias 3/8 e nas rendas;
Roupas: As roupas das Pin-ups são justas sem revelarem muito, insinuando as curvas do corpo. Vestidos e saias rodadas, camisas com botões estratégicos abertos e um nó embaixo e shorts curtos com cintura alta.
Maquiagem:
Delineador no estilo “gatinho” e batom vermelho. As Pin-ups geralmente possuíam a pele bem branquinha, então o blush deve ser aplicado em tons leves nas maçãs do rosto. Cílios bem longos ajudam a dar o charme.
Cabelo:
Conforme a moda da época, grandes cachos feitos com bobes e um penteado clássico como um coque contribuirão para completar seu glamour da Pin up. Um lenço serindo de tiara pode ajudar a dar um toque.

Anos 60



Uma rebeldia ingênua tomava conta dos anos 60. Astros do cinema de topetes em suas lambretas, moças abandonando as saias e partindo para as cigarettes, demonstravam que a liberdade em vestir ditaria a nova década. Nos embalos de Elvis, jovens saíam às ruas demonstrando autenticidade em seus comportamentos, a moda era não ter moda, não seguir uma tendência única.
Para entender essa diversidade louca, na França, André Courrèges revolucionou com uma coleção de roupas de linhas retas, botas brancas, roupas espaciais metálicas e fluorescentes e com a paixão da época: a minissaia. Saint Laurent inspirou-se em quadros neoplasticistas de Mondrian para criar os vestidos tubinhos e o italiano Pucci chocou com suas estampas psicodélicas. O apelo ao unissex ganhou força com jeans e camisas sem gola e Twiggy era a modelo e atriz da vez, com seus cabelos curtos e cílios pintados.
No Brasil, as mudanças de comportamento também se refletiam ao som dos sucessos da Jovem Guarda, esses novos ventos soprariam muito mais forte alguns anos depois com o auge do Movimento Estudantil. Contestando valores da sociedade brasileira, esse movimento foi um reflexo da mutação de pensamento que se iniciou na rebeldia ingênua da década de 60, a época que mudou o mundo.

Rockabilly - "Andando com Marlon Brando"



Vai numa festa retrô e o que vai rolar lá é muito Elvis, Jerry Lee Lewis e Buddy Holly? Você precisa caprichar no estilo, afinal o Rockabilly é uma época importante não só na música, mas também na moda. O blog traz hoje dicas de um visual retrô Rockabilly que é super fácil de fazer, se você der uma garimpada no seu guarda-roupa ou em brechós.
Roupas/penteado Feminino: Procure vestidos cintados com golas sweet heart, busto escondido e rodado em baixo. Saias de cintura alta, coloridas ou com estampas que mostrem os tornozelos, casacos cardigan, camisas de manga comprida justa. Rabo de cavalo encaracolado preso mais na parte superior da cabeça, com a franja volumosa presa ao pé do rabo de cavalo. Referências também podem ser tiradas nos penteados de Marilyn Monroe e Bettie Page.
Roupas/penteado Masculino: Calças escuras justas, meias curtas com All-Star, sapatos baixos, camiseta branca e um casaco de couro, compõem o visual. Nada que uma boa consulta nos filmes de Elvis e James Dean não resolvam. Muita brilhantina nos cabelos como Joaquim Phoenix em “Walk the Line”.

Corpete e Espartilho


Uma cintura fina e elegante sempre foi intuito do corpete. O vestuário mais fetichista que já foi inventado data do século XIV. No princípio, o sucesso do corpete com atilhos, no reinado de Isabel da Baviera, elevou o desejo pela peça, surgindo corpetes de aço coberto com veludo, seda e outros materiais, posteriormente. O período Vitoriano na Inglaterra e o famoso “La Ninon”, de 1810 são representativos como tempos áureos da peça na história. No reinado do Imperador José da Áustria e na Revolução Francesa, o corpete foi banido e mulheres jovens seriam excomungadas se não acatassem a ordem. A fim de curiosidade, a palavra corset deriva da junção das palavras francesas “corps” e “serrer”, sendo o sufixo um verbo traduzido como algo fortemente apertado.
Como vemos no vídeo, Jean-Paul Gaultier trouxe a tona os corpetes nos anos 90 como forma de homenagem aos corpos esculturais das épocas passadas, com um apelo muito mais estético e comercial.
É importante diferenciar corpete e espartilho. O primeiro cobre tudo entre os seios e as ancas; o segundo cobre apenas a cintura.

Lolitas

As primeiras manifestações da Moda Lolita surgiram no fim da década de 70 e início de 80. De origem japonesa, as lolitas inspiram-se na cultura kawaii (fofa/adorável) e em lembranças de infâncias e de tempos passados da Europa. Tem o intuito de transmitir uma imagem infantil, elegante e modesta sem parecer vulgar. Utilizam saias rodadas no comprimento do joelho, renda de boa qualidade, decote alto, cabelos cacheados ou acompanhados a uma franja reta e tecidos pouco brilhantes, remetendo a época Vitoriana, ao Rococó e em saudosismos quanto à modéstia e elegância das roupas.
Lolitas, frequentam karaokês, fazem piqueniques, tomam chá ou se encontram em cafeterias. Na realidade membros de grupos de J-Rock, cantoras e atrizes japonesas se inspiram nessa vertente da moda.

Anos 80 - A Década Perdida



O corpo como vitrine da cabeça. Assim podemos definir a moda dos anos 80, vinculada a imagem, aos videoclipes, a necessidade de se vestir alegre como fuga de problemas sociais.
Um pontapé na bunda do movimento hippie foi dado, convidando todos a irem dançar nas pistas com o glamour, o charme e os excessos, como mostra no vídeo, da Disco Music.
Nos embalos de sábado à noite figuravam estampas de oncinha, cores cítricas como laranja, verde-limão e amarelo fosforecentes, ombros largos, pernas longas, cortes de cabelo assimétricos, acessórios fake, minissaia com legging, macacões, shorts, roupas de moleton, polainas, cotton-lycra e stretch.
A alta costura também estava pirando Christian Lacroix, Karl Lagerfeld e Jean Paul Gaultier arrojavam nas suas criações e para quem procurava um visual mais sóbrio Armani encarregou-se de ser tendência com seus cortes impecáveis a elegância para ambos os sexos, visto que as mulheres libertaram-se para o mercado de trabalho, buscando um visual mais masculinizado para cargos mais elevados: cintura alta e ombros marcados por ombreiras era a silhueta, ao lado de pregas e drapeados.
Para falar de anos 80 é uma obrigação mencionar, mesmo que rapidamente, toda a cultura pop que envolveu a década. Música, cinema e televisão, inspiravam a galera dos anos 80: Madonna, Blade Runner, De volta para o futuro, Joy Division, New Order, Echo and The Bunnyman, The Smiths e The Cure, os seriados americanos, enfim, na época dinâmica da televisão, pensamentos eram colocados amostra através da expressão de toda uma sociedade que assistiria a Guerra do Golfo daqui a alguns anos e se preparava para o tele-transporte e os carros voadores do ano 2000. Sonho.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Anos 50 – A época da feminilidade



Com o fim da guerra, a valorização da feminilidade e do glamour estava em alta, nos vestidos de cintura marcada, conforme tendência ditada por Christian Dior. Sapatos de saltos altos, luvas, peles e jóias vieram para completar o New Look, simbolizando o resgate da feminilidade e do luxo. Houve um boom no segmento de cosméticos com lançamentos de sombras, rímel, lápis para os olhos e sobrancelhas, delineador, tintas para cabelos, loções e fixadores, deixavam os coques e os rabos de cavalo, como os de Brigitte Bardot, em sintonia com o contraste da maquiagem realçada com a palidez da pele. Podemos pontuar dois estereótipos de beleza feminina nos anos 50: Simbolizado por Grace Kelly e Audrey Hepburn, as ingênuas chiques carregavam um ar de jovialidade e naturalidade, porém Marilyn Monroe e Brigitte Bardot conseguiam unir as duas coisas: ingenuidade e sensualidade, tornando-se assim divas e símbolos de beleza dos anos 50.
Ao som do rock n roll a moda dos jovens foi se moldando com origem no sportswear, as moças usavam, além das saias rodadas, calças cigarrete até os tornozelos, sapatos baixos, suéter e jeans. James Dean (Juventude Transviada – 1955) e Marlon Brandon (Um Bonde Chamado Desejo), astros do cinema na época, influenciavam os rapazes com um visual displicente, de jeans, camiseta e couro.