Uma rebeldia ingênua tomava conta dos anos 60. Astros do cinema de topetes em suas lambretas, moças abandonando as saias e partindo para as cigarettes, demonstravam que a liberdade em vestir ditaria a nova década. Nos embalos de Elvis, jovens saíam às ruas demonstrando autenticidade em seus comportamentos, a moda era não ter moda, não seguir uma tendência única. Para entender essa diversidade louca, na França, André Courrèges revolucionou com uma coleção de roupas de linhas retas, botas brancas, roupas espaciais metálicas e fluorescentes e com a paixão da época: a minissaia. Saint Laurent inspirou-se em quadros neoplasticistas de Mondrian para criar os vestidos tubinhos e o italiano Pucci chocou com suas estampas psicodélicas. O apelo ao unissex ganhou força com jeans e camisas sem gola e Twiggy era a modelo e atriz da vez, com seus cabelos curtos e cílios pintados. No Brasil, as mudanças de comportamento também se refletiam ao som dos sucessos da Jovem Guarda, esses novos ventos soprariam muito mais forte alguns anos depois com o auge do Movimento Estudantil. Contestando valores da sociedade brasileira, esse movimento foi um reflexo da mutação de pensamento que se iniciou na rebeldia ingênua da década de 60, a época que mudou o mundo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário