O corpo como vitrine da cabeça. Assim podemos definir a moda dos anos 80, vinculada a imagem, aos videoclipes, a necessidade de se vestir alegre como fuga de problemas sociais.
Um pontapé na bunda do movimento hippie foi dado, convidando todos a irem dançar nas pistas com o glamour, o charme e os excessos, como mostra no vídeo, da
Disco Music.
Nos
embalos de sábado à noite figuravam estampas de oncinha, cores cítricas como laranja, verde-limão e amarelo fosforecentes, ombros largos, pernas longas, cortes de cabelo assimétricos, acessórios fake, minissaia com legging, macacões, shorts, roupas de moleton, polainas, cotton-lycra e stretch.
A alta costura também estava pirando
Christian Lacroix, Karl Lagerfeld e Jean Paul Gaultier arrojavam nas suas criações e para quem procurava um visual mais sóbrio Armani encarregou-se de ser tendência com seus cortes impecáveis a elegância para ambos os sexos, visto que as mulheres libertaram-se para o mercado de trabalho, buscando um visual mais masculinizado para cargos mais elevados: cintura alta e ombros marcados por ombreiras era a silhueta, ao lado de pregas e drapeados.
Para falar de anos 80 é uma obrigação mencionar, mesmo que rapidamente, toda a cultura pop que envolveu a década. Música, cinema e televisão, inspiravam a galera dos anos 80:
Madonna, Blade Runner, De volta para o futuro, Joy Division, New Order, Echo and The Bunnyman, The Smiths e
The Cure, os seriados americanos, enfim, na época dinâmica da televisão, pensamentos eram colocados amostra através da expressão de toda uma sociedade que assistiria a Guerra do Golfo daqui a alguns anos e se preparava para o tele-transporte e os carros voadores do ano 2000. Sonho.